
Vivemos uma realidade extremamente dinâmica, onde tudo acontece tão rápido, sobretudo na era da informação, quando somos bombardeados por padrões de beleza, comportamento, modos de ser e agir.
Nos tornamos demasiadamente imagéticos, cultuamos modelos de lábios, dentes, cabelos, corpos e por aí vai.
Temos um perfil a ser seguido que foi definido por convenção social, muitas vezes esse perfil não tem absolutamente nada a ver conosco.
Sem critério algum, nos entristecemos por estarmos fora desses padrões, por termos mais curvas ou menos curvas que a protagonista da nossa série preferida, nosso sorriso não brilha como aquele do apresentador na TV, não sou tão ‘’descolado’’ como aquele influencer que me orienta sobre como devo agir. Mas afinal, por onde anda minha criticidade? Por que aceito esse modelo a ser seguido sem a menor reflexão?
O aforismo no título desse texto é de autoria do filósofo Píndaro (522 a.C. – 443 a.C.), e versa sobre uma das principais tarefas de todo ser humano, buscar o autoconhecimento. Devemos ao longo da existência, conhecer nossas limitações e habilidades. Com o nobre objetivo de lapidar nossas competências e aprimorar nossas limitações, pois somos seres que carregam dentro de nossa subjetividade emoções complicadas, que podem e devem ser transformadas. Se pararmos para pensar por exemplo em nossa ideia de normalidade, imediatamente percebemos que entre o normal e o patológico há uma linha tênue.
E agora, José? O que fazer?
Uma alternativa interessante é seguir o conselho do velho filósofo e sermos nós mesmo, autenticidade meus caros.
Amor próprio está na moda e é o melhor remédio para vários dramas do nosso cotidiano.
Olhando para si com respeito e carinho, um pouco mais do que de costume irá ajudar nessa busca.
Afinal ao invés de cultuar corpos, cabelos e modos de agir de outras pessoas e se comparar, por que não começamos a cultuar nossa transformação?
Em doses homeopáticas, sem pressão e com muita afetuosidade.
Ame-se, valorize-se e todos irão observar essa mudança.
(Fabiana C Fumagali)